sábado, 28 de julho de 2012

"É difícil descrever, mas desde que o conheci, a voz dele se tornou um dos meus sons favoritos."


- Um amor, um café e Nova York
Me lembro das noites. Em que passamos em claro. Dos dias, em que passamos juntos. Das tardes, que passamos de mãos dadas. Das manhãs em que você me acordou com beijos. As vezes eu queria ter tudo filmado, pra ver tudo de novo e de novo. Outras cenas, eu preferia nem me lembrar. Eu queria que o filme não tivesse acabado, e que pudéssemos ter filmado muito mais. Mas só deu pra quatro meses. As vezes, eu queria que não fosse um filme, e nem lembranças. Queria que fosse tudo presente, tudo real. Queria ter mudado tudo o que saiu errado, tudo o que terminou sem fim. Queria ter ganhado mais beijos, mais abraços, mais aperto de mãos. Mais sorrisos, mais momentos. Foi brutal, o que aconteceu. A forma como meu coração reagiu. Ele se quebrou em mil pedaços, e nunca mais chegou perto de se reerguer. Eu fui ficando aqui, e você ficando aí. Fomos vivendo assim, separados. Sempre que um se aproximava do outro, dava choque. Acho que era medo. Ou saudade. Ou confusão. Hoje em dia estamos aqui em cima. Olhando lá pra trás. Lembrando de tudo o que aconteceu. Algumas coisas, nós guardamos só pra nós. Mas tentamos não pensar mais. Porque a saudade existe. E as vezes, ela machuca. Acorda uma coisa que nunca dormiu. Mas que já quis cochilar.
É muito fácil falar que teve a melhor noite da sua vida, quando todas as noites que você tem não significam nada pra você. É muito fácil falar que teve a maior decepção da sua vida, quando todo não que você ganha é um fim do mundo. É fácil demais falar que está apaixonado sempre que alguém te faz um carinho, quando você não sabe o que realmente é amor ou carinho. É muito fácil beijar qualquer um e dizer que foi o melhor beijo da sua vida, é fácil demais colar mil fotos no quadro se na primeira lágrima que alguém te causa você as queima. É muito fácil achar que se é completo até conhecer a outra metade. É mais fácil ainda ficar incompleto pra sempre quando se perde um amor. É tão simples viajar no passado, mas é tão difícil mudar o presente. É muito fácil achar que está no topo, enquanto as névoas não te deixam ver mais a frente. É fácil achar que sabe tudo ouvindo histórias da carochinha, é fácil demais esperar sentado pra sempre pelo amor. Difícil mesmo, é ele vir. Mais difícil ainda, é ele valer a pena. Mas se for real, ele te prova que tudo o que você achava que era certo era errado e tudo o que era errado podia sim ser certo. E aí que você sente sim o melhor beijo, tem a melhor noite, tem decepções mas também tem alegrias. É quando se vale a pena olhar pras fotos e ir atrás da reconciliação, é aceitar o não mas lutar pelo sim. É se sentir completo mesmo que a outra metade esteja longe, é fácil viajar no passado, curtir o presente e sonhar com o futuro. É fácil de ir ao topo, mas mais fácil ainda ir ao solo, ou ao subsolo. A questão é: ele pode te tirar de ambos os lugares e balançar todas as suas estruturas a ponto de você pensar que vai cair?
Os meses são diferentes, mas os dias são iguais. Muitas coisas já passaram, mas os sentimentos ainda parecem ilegais. Eu me pego vagando rua a fora, pensando onde foi que eu parei de viver. Quando foi a ultima vez que tive prazer em sentir o ar penetrar meus pulmões, a ultima vez que vi uma paisagem e senti que estava vivo, e que estava ali. Quando foi a ultima vez que sorri? Sempre? Não, meu caro amigo. Faço palhaçadas que arrancam sorrisos alheios, eu queria poder rir de mim também. Sinto saudades dos dias em que eu esperava por alguma coisa boa, mas era uma espera agradável. Sinto falta de quando as coisas eram mais interessantes e as histórias pra contar não eram sobre fracassos ou ilusões. Sinto falta de quando os amigos me faziam feliz. Sinto falta do dia em que saí pra deitar na grama molhada, ouvir uma guitarra tocar a meia-noite pelo computador. Sinto falta de ver as estrelas, e quase dormir pois a paz era maior. Maior que o infinito. Sinto falta de quando eu quis voar, pra bem longe, e levar meus amigos comigo. Para um luau na estrela, para sentarmos ao redor de uma fogueira na lua. Sinto falta do por do sol, dos sentimentos espontâneos, e dos risos mais sinceros. De quando o drama, era só drama, e a vida real era legal. Sinto falta de tudo, tudo o que um dia me fez feliz. 
Eu queria muito estar aí do seu lado agora, independente do que você estivesse fazendo. Queria te encher de abraços, te encher de beijos. Cantar nossa musica enquanto meus dedos nadam em seus cabelos. Eu queria poder fazer nada, ou fazer tudo, estando ao seu lado. Olhar pela janela e imaginar o futuro, com meus dedos entrelaçados nos teus. Eu queria te fazer bem, como você me faz. Esquecer tudo o que ficou pra trás, e aproveitar cada segundo com você. Queria conversar qualquer bobagem com você, qualquer papo é bom. Deitar na grama e te dar carinho. Poderíamos ficar assim por horas, apenas sonhando. Eu poderia sair com você, rir com você, ir ao cinema, ao parque, a sorveteria, e a uma loja de CD's. Poderíamos ficar horas, juntos. Eu, você, e nada mais. Eu só queria muito estar aí do seu lado agora. Muito. Agora.
Não queria ter que me lembrar de como é ruim não poder chamar alguém por apelidos carinhosos, amor ou bebê. Mandar corações, fazer declarações e fazer carinho, mesmo a distância. É ruim ter que medir as palavras, é ruim ter que medir um sentimento. É ruim ter que me medir pra não dizer que eu te quero. É quase irresistível. Mas é necessário. Mais prudência, menos dor. Ou não.
É ruim demais puxar uma corda onde não se sabe se do outro lado a pessoa vai te puxar de volta. Eu queria ter um pouco mais de segurança para pisar nessa areia movediça, mas também não posso ficar parado onde estou. Você me faz pensar que ela pode estar sólida, me faz acreditar que eu posso caminhar. Ventos bons me empurram pra você, mas uma voz sussurra me dizendo pra ficar longe, pra ter cuidado. Estou sem saber o que fazer, com vontade de ir em frente, mas medo de me afogar.
O amor dói, o amor machuca. Ele finge que educa. Ele mente, ele sente. Ele fere, mas transfere. Ele nos faz pensar que tudo pode ser diferente mas o que muda são só os nomes. E a ordem de alguns fatos, talvez. O destino é sempre o mesmo, a dor é sempre a mesma. Mas a alegria de conhecê-lo também é igual. E inigualável. Você fica com aquele frio na barriga, sem querer pensar mas já pensando. Sem querer gostar mas já gostando. Sem querer falar mas já falando, sem querer se entregar mas já se jogando. Sim, o amor é complicado, e não é para todos. Precisamos suportar os errados para esperar o certo. Que pode nunca vir, mas sempre parece ter chegado.
Já faz um bom tempo, que trilho sozinho. As companhias vem, e vão. As ilusões, vem e vão. As decepções passam e machucam. Poucas pessoas tentaram trilhar comigo, mas a maioria, desistiu a alguns passos. Já vi muitas paisagens, passei por muitos lugares. Senti os ventos mudarem, já vi o sol nascer, e fiquei acordado até ele se por. Já parei pra descansar, já quis desistir. Já pensei estar no olho do furacão, onde um pouco mais a frente vi que não era nada. Já estive em bons momentos, mas também, em muitos ruins. Em sua maioria, na verdade. Já encontrei muitos artifícios no meio da estrada que me fizeram pensar que fariam a caminhada ser mais fácil. Nem todos funcionaram. Muitas pessoas me ensinaram coisas valiosas, mais ainda, coisas ruins. Já me desapeguei de tudo e deixei pelo caminho, novas lágrimas vem e vão, assim como os sorrisos. Já estive no frio sem ninguém me esquentar, mas já me fizeram esquecer que o frio existe. Me fizeram promessas mas as quebraram, me quebraram e então eu fiz uma promessa. Mas já nem me lembro, pois foi a muito tempo.
Esteja na minha escada quando eu chegar, me abrace quando eu te ver. Me aqueça, mesmo se já estiver quente, me dê um beijo, mesmo que eu não peça. Espere por mim, mesmo que eu não vá, se atrase desde que venha. Segure minha mão, mesmo no meio da multidão. Sorria se estiver perdido que eu acho você. Minta pra mim dizendo que me odeia, não me permita cair, a menos que seja sobre você. Me acorde de madrugada, para caminharmos lado a lado. Me faça esperar pelo pôr-do-sol, mas me encha de beijos durante essa espera. Jogue pipoca em mim se estivermos vendo um filme, me proteja se for terror, me beije se for romance. Não reclame se eu te xingar, me cale com um beijo, não me deixe sonhar, esteja lá quando o despertador tocar. Vire o meu sol que giro em torno de você, mas seja a lua também para eu nunca estar dividido. Seja assim, pertença a mim. Deixe me preparar seu café da manhã, e nunca se esqueça. Faça tudo de novo, quando eu voltar pra casa. Todos os dias. Esteja na minha escada, esteja na minha vida.
Eu preciso de alguém que me dê carinho, não julgamentos. Preciso de alguém que fale comigo, não fique brigando. Alguém que me procure para aliviar dos problemas, não para descontá-los em mim. Alguém que confie sem precisar armar pra saber se vou cair ou não. Alguém que não se importe em gastar seus créditos em mensagem comigo, como eu não me importo em perder a noite mandando mensagens carinhosas. Eu preciso de alguém, não de sofrer por alguém.
A verdade é essa. Que eu sinto a sua falta. Sinto mesmo, forte. Esmagadora. Eu vejo suas fotos, e tenho vontade de mandar pra todo o mundo dizendo que tudo aquilo já foi meu. Mas aí eu caio em mim e lembro que sim. Já foi meu. Foi. Foi um dia. Mas foi embora. Eu ainda me pergunto se as vezes você pensa em mim. Se ainda tem as cartas que eu te fiz, e se ainda vê minhas fotos e tem aquela dorzinha no peito. Dorzinha em você, porque em mim, é grande. Isso é, se é que a sente. Sim, que se dane tudo o que todos dizem que eu deveria te esquecer. Isso simplesmente não é uma opção pra mim. E olha, eu queria mesmo que fosse. Na maioria dos dias, eu só não me lembro. Mas nos dias que eu lembro... Esses dias são os piores. Porque as feridas ardem. Meu coração dói. Eu já senti outras dores... Mas antes, você me prometia que ia ficar tudo bem. E olha, ficava mesmo. Antes meu coração ficava desordenado quando eu beijava você. Mas era bom. Hoje, meu coração fica desordenado. Mas é porque não mais te tenho.
Lá vamos nós outra vez... Quem você pensa que é? Quando eu começo a gostar de outra pessoa você me puxa de volta? Tanto tempo depois? Você precisava ter me deixado ir tão longe? Se era pra puxar de voltas, puxasse antes. Se era pra me deixar ir pra longe, que fosse então pra sempre. Não quero mais fazer parte dos seus joguinhos, eu cansei de perder. Você não vê? Nem sei porque você entrou nessa partida de novo. Todos nós já estávamos ganhando, mas você não desiste sem mexer comigo, pra tentar me derrubar. Espero que dessa vez seja tudo inútil. Todas as suas armadilhas. Espero estar forte o bastante. Por favor, me deixe estar. Obrigado.

Preciso de você

Eu preciso de você. Todos os dias. Não pra falar pra todo mundo que eu tenho alguém. Não pra desfilar de anel e você do meu lado. Não pra beijar a toa na boca. Não só pra ter alguém. Eu preciso de você, todos os dias. Pra te ver, te sentir, te tocar. Pra elogiar as suas roupas, mexer no seu cabelo, te deixar confuso com as minhas histórias. Pra me perder dentro do seu sorriso. Pra dizer que o mesmo é lindo. E pra me esforçar em deixá-lo ali pra sempre. Eu preciso de você pra me dar abraços, pra ver o seu olho brilhar quando nós dois fizermos planos. Eu preciso de você pra eu usar suas roupas, pra me fazer companhia, pra viver comigo. Eu preciso de você pra cantar comigo, e rir comigo. Dançar comigo, sair comigo. Pra chorar comigo, pra deitar comigo. Pra reclamar de tudo, pra rir da minha cara, pra me dar a mão. Pra alegrar meu dia, pra me dar forças. Pra me dar sonhos, pra me esquentar. Eu preciso de você pra estar do meu lado, pra entrar no meu mundo. E pra me dar o seu. Eu preciso de você comigo, pra ser feliz. Eu não sei se são razões suficientes, mas eu sei com toda a certeza: eu preciso de você.