domingo, 30 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 20

Gosto mesmo é desse romance velho, surrado. É tipo aquele jeans antigo mas que sempre cai bem. Ele sempre tem aquele cheiro de lembrança, aquele furinho discreto de alguma velha-aventura que deu errado ou não.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 19


Eu vejo os dias da minha vida se esvaindo pra fora do meu controle, sinto que ela está cada dia menos nas minhas mãos. Eu tento fazer algo diferente que me faça sentir vivo, mas eu pareço nunca alcançar algo que realmente me complete. Me disseram pra te esperar, que um dia você viria, mas não veio. Minha mão continua vazia estando cheia. É que a sua não está nela. E veja, já está cansativo. Estou cada dia mais cansado, mais vazio. Eu procuro uma forma de mostrar o meu valor a cada manhã, mas talvez não me haja o amanhã. E os dias me são ocos. De boas intenções, o inferno está cheio, de chatice, a minha vida tá abarrotada. Talvez um milagre aconteça e mude logo a minha vida, ou talvez, ela continue nesse caminho sem fundamento. O meu propósito qual é? Levantar pra cair de novo?

domingo, 23 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 18


Não vejo mais em você o que eu via meses atrás. Já sei também que de você não posso esperar nada, querer nada. Contar com nada. Conversar com você é indiferente, já que você é indiferente. Ou parece sempre ser. Seu vazio me incomoda, seus falsos amores já não me convencem mais. Fico atento a sua próxima queda pois sei que serei eu quem te apararei. Mas depois nem receberei um obrigado. Um oceano congelado nos separa, e eu sei que sempre que começa a se esquentar é só pra esfriar mais depois. Não sei onde nós erramos, mas não consigo consertar. Eu queria escrever uma nova história pra nós dois daqui pra frente, mas sempre que se trata de você, eu não consigo escrever nada. Como se eu tivesse desaprendido. E toda vez que eu tento, é como se eu fosse a caneta e você o papel. Você corre e eu fico escrevendo a toa, no vazio.

Máquina de escrever - 17.

Quando foi que eu pedi pra que isso tudo acontecesse? Onde foi que eu entrei nesse caminho? Eu não consigo voltar, e não consigo ir adiante. Está cheio de obstáculos e eles estão me machucando... Ninguém me disse que seria tão difícil, tão cansativo. Ninguém me disse que eu perderia todas as forças. Ninguém me disse que na maioria dos momentos, eu não conseguiria ver o sol. Não me disseram que eu me sentiria sozinho no meio dessa escuridão. Eu estou cansado e sozinho. Não estou me sentindo capaz. Estou me aproximando da linha de chagada, mas sinto que não conseguirei cruzá-la. E sabe? Me apavora. Todo o meu impulso ficou na metade do caminho, minha fé não está me ajudando muito, e todos os meus esforços parecem ser em vão. A minha sombra já não me acompanha desde que escureceu. Eu olho pras nuvens acima de mim e toda luz que vejo são de trovões. Eu só queria que tudo parasse um instante, uma noite que fosse. Desde que eu não tivesse que acordar em outro pesadelo pela manhã.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 16.


Eu sei que é difícil, acordar todos os dias e por os pés nesse chão que sabemos que nos machucaremos. É complicado, passar por tudo. Lutar contra tudo. Tentar viver bem contra todas essas loucuras e armadilhas que a vida poe na vida da gente. Muitas vezes, dá vontade de chorar, de gritar e de desistir. Eu sei que tem noites em que você se sente sozinha, dias, manhãs. Tem dias em que esse sentimento não passa por nada. Aquele mal estar que você não sabe de onde vem. Eu sei muito bem como tudo isso é difícil, pois isso acontece sempre comigo. Mas por incrível que pareça, não é meu travesseiro que me conforta. É a ideia de que tenho você pra mim. Isso também parece um tanto louco. Mas tem algo mais louco do que a sua risada deliciosa? E o seu olhar cúmplice? Seu aperto de mão ou até o seu abraço. O que me conforta é saber que você tem um sorriso. Lindo. E o que me dá forças para passar por tudo, é saber que só assim, lutando para estar vivo, poderei te ver de novo um dia. E te fazer rir de novo. E te fazer mais um milhão de declarações. Te amar de novo, e de novo. Essa é a maior motivação do mundo! Amar você. Pra sempre.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 15.

 Eu tenho cheiro de primavera. Perfume de frutos e folhas. Primavera é a época que as folhas caem ao chão Mas fui mais leve e caí no vento... Agora, viajo com ele. Por paisagens e auroras diferentes... Sentimentos que mudam a todo instante. Talvez, isso explique minhas inconstâncias, ou a minha meia dúzia de desejos e sonhos. Talvez, eu seja a primavera. Época de por do sol. Algumas flores coloridas brotam, algumas folhas secas perdem a força e caem no chão. Época de clima bom. De mudanças climáticas. De esperança, de sonhos. De reciclagem.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 14.

Eu te empurro pra longe, mas é pra você correr pra perto de mim de novo.

Máquina de escrever - 13.

Eu ainda me lembro de como o seu abraço era o melhor que eu já experimentei. E o que ele significava pra mim, nada jamais superou.

Máquina de escrever - 12.

I remember everything about you, he will never know half about you as I do.

Máquina de escrever - 11.

As cartas com perfume, os presentes, as fotos e as lembranças: eu guardei tudo. Tudo o que eu consegui guardar.

Máquina de escrever - 10.

Seu charme aquece, sua voz nina. Suas palavras iludem, mas no fim do dia, é tudo mentira.

sábado, 15 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 09.

Aquele seu levantar de sobrancelhas me arrepia como nunca. Eu me perco por horas pensando nos traços do seu rosto. Seu olhar é tão charmoso, seu sorriso me fascina. A forma como você usa a calça mais baixa do que deveria é um charme. São detalhes tão seus... Nos seus lábios eu sonho. Sonho em um dia poder beijá-los. Suas mãos, quero nas minhas. Seus braços, quero me segurando, me apertando. Me abraçando. Suas palavras quero sussurradas no meu ouvido. Um carinho, um charminho. A mais. Pra mim.

Máquina de escrever - 08.


 Falta um arrepio. Aquele choque. O beijo é bom, a prosa também. Mas não é tudo. Porque quando acaba, eu me sinto vazio. Ou melhor, eu nunca me sinto completo. Você deveria ser o certo. Ou melhor, você é o certo. Eu quem sou o errado. Você é o que eu deveria querer. É o que qualquer um quer. Mas que poucos merecem. Eu só não consigo.
 Eu baixo todas as barreiras, você chega bem perto, bate na trave mas só fica lá. Não é sua culpa. Eu só não consigo te puxar pra dentro. E nem você consegue dar um passo pra perto. Por mais que você tente, algo te puxa pra longe.
 Eu não te culpo por nada. Não poderia também. Porque veja bem, nós poderíamos ter tudo. Eu só não consigo chegar mais perto de você. Por mais que eu te queira por perto. Eu não consigo te puxar pra mim, por mais que te queira pra mim.
 Eu não quero seu coração partido, não por minha causa. E não quero o meu aquecido, tendo o seu partido. Eu não quero.

Máquina de escrever - 07.


Amor não existe, é mentirinha. 4 letrinhas e mais nada. Uma palavra com um significado bonito. Mas que nunca acontece. Amor é dor no peito. Amor é só ilusão, inspiração e mais nada.

Máquina de escrever - 06.


Saudades das suas loucuras, seus cabelos vermelhos e sua risada contagiante. Saudades do seu mundo, da sua presença e do seu carinho. Saudades da sua mão na minha, do seu abraço e dos seus costumes. Que eu só amo em você. Que só você tem. Que só aturo em você. Saudade de você, saudade de nós dois. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 05.



 Eu sempre vou dormir na esperança de que tudo passe quando eu acordar novamente. Mas isso não adianta muito... Sempre, você é uma das primeiras pessoas que eu vejo. Mesmo que eu não te veja, você vem nos meus sonhos. E talvez, esse seja o motivo do meu mal humor. É o meu mal amor. Você.
 Você está sempre lá, com um rosto brilhante. Parece que foi esculpido. São as pequenas atitudes, as bem pequenas, que ninguém nota. Elas me arrepiam. Esse seu jeito só seu de me ter só pra você. Você vem sorrateiro, assim, como quem não quer nada. E não quer mesmo. Talvez esse seja o grande problema.
 Porque você me usa de ioiô. Me joga pra baixo, me puxa de novo pra cima. Pra palma da sua mão. E é assim que você me tem. Eu já nem tento desmentir, porque não tem jeito. Eu tento sonhar com outras paisagens, outras flores e outros campos, mas em todos eles você está presente. E quando não está, esses lugares não existam.
 Eu sempre penso finalmente estar livre, livre de você e dessas correntes que nos unem, mas parece ser impossível. Seu charme já é irresistível. A vontade louca, de beijar sua boca. Talvez eu mereça um prêmio por autocontrole. Porque não é fácil, me segurar sempre...
 Sempre que me chama, que para e faz pose. Que me toca, que me canta. Que me olha, que me encanta. É difícil, não correr pros seus braços. Quando você me toca... É um choque! Um choque bom. Você não deveria fazer isso comigo.
 É um pecado, um erro, um crime de estado. Você me ter, sem querer. Me provocar, sem com que eu possa me mexer. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 04.

 Eu não estava esperando nada disso. Na verdade, eu estava querendo sem querer. Ou sem querer querendo... Mas aconteceu. Tudo de novo. Os mesmos sentimentos, os mesmos pensamentos. O calor no peito, a expectativa. Eu passei a acordar animado só por que sabia que ia te ver. Comecei a sorrir porque você estava por perto. Eu via a beleza nas coisas, via a razão das cores. As músicas felizes me faziam dançar, você me fazia sonhar. Eu sorria em pensar e você, idealizei você. Aquela vontade de te ligar, de mandar mensagens... Cartas, textos, indiretas, diretas. Tudo isso pra disfarçar a verdadeira vontade que era de te beijar a cada segundo que eu te via. O assunto mais falado na minha roda de amigos, sem dúvidas era o seu nome. O que eu mais pensava diariamente era você. De fato, você foi o causador de tudo.
 Você fez com que eu me sentisse vivo de novo. Você me motivou a algo que até hoje não sei o que é. Você me inspirou, me acalentou, me acarinhou. E foi só meu. Quantos beijos, quantos abraços... Eu pude sentir tudo nos meus sonhos. Mas agora, quando acordo, eu tenho raiva. Uma vontade de dormir pra sempre. Porque lá, tudo é como eu quero. Os meus sonhos são bons. Eu faço com você tudo o que eu tenho vontade. Eu posso tudo. Nós vamos para o parque, para um piquenique. Lá não tem ninguém por perto, mas eu nunca me sinto sozinho. Lá eu tenho você. Mas quando eu acordo, é sempre o mesmo pesadelo. Você, porém longe. Frio. Distante. Mesmo perto. Você não é meu. Não tem beijos, não tem abraços. Sem piquenique, sem você. Sem cor, sem vida, sem motivo, sem cheiro, sem gosto, sem ansiedade. Sem graça. Acho que é bem assim que eu me sinto sem você... Sem graça.
 Não tem risos, não tem nada. As suas mãos não estão nas minhas, seus braços não estão ao meu redor. É tudo tão diferente do meu mundo... Você é tão diferente nos meus sonhos... Talvez seja isso. Talvez eu idealize demais. Mas será pecado? Você nunca o fez? Talvez você não tenha culpa, talvez sou o culpado de tudo. De dormir demais. De sonhar de mais. De te amar demais e de te querer demais.
 Porém dói. Saber que você se foi, sem nunca ter nem vindo.

domingo, 9 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 03.

Talvez o seu beijo seja o melhor que eu poderia experimentar. Talvez, juntos, fossemos completos. Talvez você encontre em mim o que sempre procurou mas nunca pensou que encontraria, talvez você seja tudo o que eu sempre quis. Talvez, você nem imagine o que eu tenho guardado pra você, talvez eu nem imagine o que você queira de mim. Talvez, fosse pra ser. Mas talvez, não acontecerá.