domingo, 23 de setembro de 2012

Máquina de escrever - 18


Não vejo mais em você o que eu via meses atrás. Já sei também que de você não posso esperar nada, querer nada. Contar com nada. Conversar com você é indiferente, já que você é indiferente. Ou parece sempre ser. Seu vazio me incomoda, seus falsos amores já não me convencem mais. Fico atento a sua próxima queda pois sei que serei eu quem te apararei. Mas depois nem receberei um obrigado. Um oceano congelado nos separa, e eu sei que sempre que começa a se esquentar é só pra esfriar mais depois. Não sei onde nós erramos, mas não consigo consertar. Eu queria escrever uma nova história pra nós dois daqui pra frente, mas sempre que se trata de você, eu não consigo escrever nada. Como se eu tivesse desaprendido. E toda vez que eu tento, é como se eu fosse a caneta e você o papel. Você corre e eu fico escrevendo a toa, no vazio.

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