segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Máquina de escrever - 25.

Eu sempre quis uma pessoa pra deitar comigo na grama, sorrir um bocado. Eu poderia cantarolar no teu ouvido todas as músicas mais lindas que já me aqueceram o coração enquanto eu ouvia pensando em você. Eu poderia te escrever cartas, poemas, livros, cancões de ninar. Que é pra ver se você nina em mim. E foca em mim. E ama a mim. Fala comigo, sente minha falta. Me liga, me chama. Me canta, me ama. Eu vou sorrir. Você só precisa querer. Eu queria esquecer...

domingo, 14 de outubro de 2012

Máquina de escrever - 24


Quando crianças, somos genuínamente felizes. Quando adolescemos e temos nosso coração partido pela primeira vez, viramos outra pessoa. Os sorrisos são forçados e casuais, e alegria é periódica e rara. Quando adultos, eu ainda não descobri. Mas espero que se pareça mais a minha infância...

Máquina de escrever - 23

Você merece um beijo por colocar um sorriso na minha boca. E se eu te der um beijo, vou ter outro sorriso na boca. Daí você vai merecer mais um beijo, e eu vou ganhando mais um sorriso. É um ciclo vicioso em que eu não me canso de ser feliz e de te dar uns beijinhos. Ficando ainda mais feliz e te dando ainda mais beijinhos. E mais feliz. E mais beijinhos. E abraços. E carinhos. E risinhos. 

sábado, 6 de outubro de 2012

Máquina de escrever - 22

E eu acho que a minha sina é essa. Amar quem não vou ter. Sonhar com o que não concretiza. Fazer planos que voarão com o vento e esperar por coisas que eu sei que o tempo me arrasta pra longe. Ver coisas que não existem, ouvir coisas que não foram ditas. Imaginar o que não existe. Querer o que não devo, e tentar até cansar de cair. O apego vem rápido, mas a queda vem mais rápido ainda. As lágimas não chegam, mas a dor no peito não sai. Nunca.

Máquina de escrever - 21

Acho que eu já sinto sua falta o bastante pra querer te ligar. Mas sinto medo o bastante pra me esconder.