sábado, 17 de novembro de 2012

Máquina de escrever - 33


 Agora eu estou aqui, deitado no escuro do meu quarto com a cabeça voltada a você. A nossa música está soando baixinho ali no canto, e ela faz com que eu te queira ainda mais. Eu não estou procurando nenhuma coincidência mirabolante que faça com que eu acredite em você ainda mais. Elas só existem.
 Ao meu redor, um abajur, um bando de canetas coloridas jogadas sobre a minha cama, eu e a nossa caixinha de música. Eu pensei em te escrever, perfumar com meu cheiro e lhe enviar. Seria mais bonito assim. Mas não tenho seu endereço. Acho que essa vai ser só mais uma daquelas cartas de amor que eu te escrevo mas não te entrego.
                          Mas não me entrego.
 É como se seus olhos estivessem acompanhando cada linha que essa caneta desenha sobre o papel. E você não está aqui. Eu posso senti-lo, lá no fundo... Venha mais pra perto, deixe-me alcançar-te!
 Ah, amor...

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